20 março 2009

Voo aos pés do Mont Blanc

Fred e eu na decolagem de Plaine-Joux. A esquerda, a Aiguille du Midi, o Mont Blanc du Tacul e o Mont Maudit (Monte Maudito, ui!) e acima da minha cabeça, o ponto mais alto da Europa: o Mont Blanc, a 4810 m!
Eu e meu Cyril. Ao fundo, o... adivinhe... o Mont Blanc!!


Lulu, lá do "paraíso", trazendo as novas.
"Enquanto Cyril trabalhava em seu planador em Sallanches, eu fui fazer um voozinho em Passy, aos pés do Mont Blanc. Quem me acompanhou neste voo foi Fred, amigo meu e do Cyril.
O voo faz lembrar São Conrado em dias clássicos, a diferença é que no lugar do mar há o Mont Blanc como pano de fundo. Excelente para cross, mas não no dia em que voei, pos havia uma inversão que não deixava subir a mais de 1400m.
Fred, voando de Edge, fez uma tirada e eu “idiotamente” quis segui-lo. Evidentemente ele se deu bem e eu não. Acabei tendo de pousar ao final de 1h de voo (o que nao é de todo ruim). Fred voou 2h30!"

16 março 2009

A Despedida

O estado do automóvel
Nesse domingo, tivemos a despedida do Vizoomóvel. A última tarefa foi nos levar para uma merreca em São Conrado, como em diversas outras vezes fez.
Em vida, foi obrigado a aturar um pé de chumbo ao volante, trilhas, viagens, subidas para rampas e muita lama. Participou de vídeos, foi tema de camiseta. Será sempre lembrado como integrante da Acromerreca.
Essa equipe deseja um merecido descanso em paz.
Que venha o Vizoomóvel 2.0

11 março 2009

Em Verel, Lulu em seu preguinho de inverno

Direto de Chambery, França, Lulu manda notícias.

"De volta à França (ja que lá se vão 6 meses desde a última vez), juntei-me ao meu clube daqui, Les Eléphants Volants (Os Elefantes Voadores), para um preguinho de inverno na meca do parapente da Savoie: Verel, um sítio de voo que fica a 10 minutos de onde moro.

Meia hora de caminhada na neve até chegar à decolagem

A decolagem era um tapete fofo branco de 40 cm de neve. Lindo, lindo! Quando chegamos à decolagem, havia uma bufinha de cauda, o que não ajuda muito quando há neve. Enquanto esperávamos que a térmica residente na cara da decolagem acordasse, me inteirei sobre as técnicas para se decolar na neve. Esta foi minha segunda experiência na neve, a primeira, há dois anos, não foi muito bem sucedida.

Eu e Ricou, o autor das fotos e mestre de cerimônias de Verel

Não resisti em dar uma sacaneada no elefante de neve...
Ninguém estava muito animado para decolar, então resolveram que eu seria a biruta: se eu conseguisse decolar, era porque qualquer um conseguiria. No final das contas dois pilotos locais decolaram antes de mim. O ruim de decolar primeiro é que só se tem a neve fofa pela frente, quem decola depois se aproveita da trilha feita pelo piloto anterior. A decolagem na neve exige alguns cuidados para que se tenha êxito.

Somente eu, Jean-Luc e Berthrand pareciamos empolgados para decolar

Eis algumas dicas, caso um dia venha a nevar no Brasil!
- abrir o parapente contornando a área onde se esticam as linhas, tendo o cuidado de não danificar a superficie onde repousam as linhas. Por que? Porque a neve pisoteada forma pedras e lâminas de gelo que podem prender as linhas, fazendo com que a vela suba assimetricamente. Isto tem o mesmo efeito de galhinhos e plantinhas em nossas decolagens naturais;
- fazer uma trilha, como uma trincheira, até a extremidade da decolagem para que se possa correr sem afundar na neve fofa. Eu não fiz minha trilha até o fim;
- fazer um pequeno “assento” que vai servir de apoio para a selete;
- deve-se preservar a área onde as linhas ficarão em contato com a neve.
Resultado: na hora em que minha trilha acabou e que eu pisei na neve fofa, afundei e me desequilibrei, quase caindo de cara no chão. Sorte que eu corri mais do que nunca e levantei a mão (vídeo deste post)! Apesar do frio e da neve, o voo não foi nem de longe um prego. Peguei térmicas ótimas, sendo uma de +3,2! Voei exatamente 1h05, só pousei porque eu não tinha mais sensibilidade nos dedos. Estavam congelados!"


07 março 2009

Praia de Ipanema

Cristo entubado
Hoje foi um daqueles dias que a gente jura que vai dar aquele voo famoso e sempre tão esperado por todos, naquela famosa e grande estátua; Cristo!
O vento Sul estava perfeito. Mais liso, impossível. Porém o teto estava muito baixo, aproximadamente uns 500m, e não subiu, o que frustrou o plano inicial de todos. Ficamos então aproveitando voo com toda a tranquilidade. Com a rampa cheia, muitos perderam a condição. Juliano e eu, curtimos a praia de Ipanema.

Lagoa

Praia de Ipanema

Aproveitando tudo

Juliano e a bola do jogo

05 março 2009

Agora é OFICIAL

Demos mais um passo para marcar nossa presença na WEB. Objetivando facilitar a memorização do endereço, registramos nosso domínio na internet.
Agora é OFICIAL: basta o www.acromerreca.com para entrar no blog da ACROMERRECA e conferir o que essa equipe de amigos tem de novidade sobre o voo livre.

03 março 2009

Os 79.8Km do Russi em Valadares

Segue o relato do Gustavo contando sobre o seu melhor voo em Governador Valadares, no feriado do Carnaval 2009.
A Acromerreca dá os parabéns por esse belo voo.
"Minha primeira viagem com intuito de fazer vôos de cross, pois até então só tinha feito “bmx”...rsrsrs...
Meu objetivo era fazer 50km livres, mas o Alex Brasil dizia que eu poderia chegar aos 100km. Eu ficava feliz com confiança dele mas não me deixava contagiar, pois meu recorde pessoal era 34km OLC, ou seja, fazer os 50 livres já estaria de bom tamanho. Chega de números, vou contar um pouco como foi meu melhor vôo nesse Carnaval 2009 em Governador Valadares.
Tudo começou com uma decolagem bem tarde, às 14h. Era o segundo dia em Valadares. Eu e Martin decolamos praticamente juntos e pegamos a mesma termal, na cara da rampa, com o teto bem baixo, de 1550m. Então, partimos para a pedreira.

Fomos lado-a-lado para mapear a segunda termal. A tirada parecia render bem, quase não perdíamos. Mas a historia começava a mudar quando chegávamos na pedreira. Martin começava a afundar muito e eu, que voava mais aberto, na direita e para trás, resolvi esperar um pouco antes de avançar. Sabia que se fosse em frente naquele momento, afundaria tudo. Com paciência, esperei no morro da salvação, aguardando um alinhamento melhor, antes de tirar para Alpercata.

Esta espera de 10 minutos rendeu mais uma base para a tirada.
Martin que corria mais com o voo estava longe, mas consequentemente muito baixo sobre a Alpercata.


Na Alpercata, eu afundava muito e via o Martin ralando para subir os morrotes a direita da estrada. Como estava mais alto, joguei na esquerda, no contra vento. Cheguei bem baixo procurando por um pouso. Foi quando um “uruba” me salvou, mapeando uma termal; 1500m, base novamente. Para minha alegria, agora se formava um cloud bem a minha frente, do lado esquerdo da estrada.
Não deu outra, pé em baixo, fui em frente, voando sempre alto sobre a cordilheira. Parecia ter entrado no ritmo. Quando saía de uma base, via outra formando logo a frete. Sem ninguém por perto, aproveitei para ganhar mais um metros por base - me refrescando um pouco – indo a 1800m em 4 bases, até chegar a Engenheiro Caldas.
Chegando na cidade, apesar de cada vez mais baixo, estava muito feliz, (já era o dobro de quilômetros do dia anterior). Como não via nada a minha frente, resolvi jogar para cima da cidade cruzando a estrada, onde avistava melhores pousos. Mas aquele era o meu dia. Procurando pouso, mais uma vez, um urubu salvou meu voo; dessa vez fui rápido até os 1800m, com o ar fresco no rosto e as linhas e tirantes úmidos. Para frente agora, era só alegria. Já sabia que tinha garantido os 50km no L/D e o que viesse a mais, seria lucro.
Continuei a direita da BR116 e analisando, percebia que a teoria de mudar de alinhamento fazendo as tiradas a 45° funcionava. Eu saia rápido das descendentes e tinha melhores chances de pegar um outro cloud, sem perder muito. Seguindo em frente fiz mais duas boas bases. Ao sair da segunda, vi que a altura de 200m do solo, em relação ao nível do mar, passava a partir desse ponto, para algo próximo a 550m. O teto então estava com menos 350m de desnível. Como se não bastasse, as termais eram cada vez mais fracas, pois já eram quase 17h. Novamente baixo, uma pequena cidade a esquerda da BR116 se aproximava.



Depois de mais uma termal que me largou nos 1770m, eu já podia ver a cidade de Dom Caváti ao meu pé. Estiquei-me ao máximo na selete, acelerei apenas 1/3 e o “parapa” rendeu como nunca.
Cheguei a Dom Caváti sem perder quase nada. Comecei a cruzar a cidade para aumentar a quilometragem. De repente o vario deu sinal de vida no azul. Rodei bem aberto para achar o centro dela, mas não apitava mais do que 1m/s. A uma hora dessas do dia, estava ótimo. Foi ai que me dei conta que o Morro do Ibituruna, de onde tinha decolado, já sumia na nevoa do horizonte.
No GPS mais uma cidade a frente, Inhapim. Não consegui vê-la no visual pois a geografia da região, eram só de morrinhos. Fui embora, deixando Dom Cavati para trás.
No cruzamento da BR116 com a estrada que leva para Ipu, consegui pegar mais uma fraca. Derivei nela na direção da estrada. Eu sabia que essa era a última do dia, pois já eram 17:30hrs. O céu completamente azul. Comecei a ver Inhapim e imaginar que seria possível chegar no L/D.
Comecei a voar exatamente sobre a estrada procurando pelo pouso mais seguro, que ali, seria no topo de um dos muitos morrinhos. O morrinho escolhido foi um na entrada da cidade, atrás de um posto de gasolina (Gentil).

Ao pousar peguei o celular, eram 17:50h. Olhei para o céu e pensei: hoje aproveitei até o final. O sinal do telefone estava no máximo, que sorte. Liguei para Alex Brasil. Quem me atendeu foi a Grazi, esposa do Paulo. Disse a ela que tinha acabado de pousar em Inhapim. Quase 4 horas de voo. Quando o Alex escutou, gritou muito. Parecia mais feliz do que eu naquele momento.
Dobrei o minha “Máquina Voadora” e desci ate um barzinho em Inhapim onde esperava pelo grande resgate de Alex Brasil e Paulo, no carro do Éden.

Valeu o apoio e companhia de todos: Alex, Paulo, Martin, Éden, Renata, Roberto, Cavallero, entre outros."

Clique aqui para ver o voo em detalhes.

02 março 2009

Contra-vento no Parque


Rodrigo em Voo - Sol Ellus 2 Branco

Dennis em voo - Icaro Incanto Vermelho
Sábado, 28 de Fevereiro, partimos Rodrigo e eu para cima da Serra.
Em um dia de sol, céu formado e rampa LOTADA, fizemos um voo legal do Parque São Vicente, em Petrópolis. Só não foi melhor para gente, porque o voo foi no contra-vento, e ai já viu, a gente não anda e não rende...
Teve muita gente fazendo voozão nesse dia e nós, mais uma vez, deixando algumas velas de alta (2-3 e comp.) para tras.
As asinhas, que não sofrem com o mesmo problema, deram um show de XC pelo Rio de Janeiro.
Pensamento do dia: "A gente chega lá...." ehehehehe

Track voo Rodrigo. Clique aqui para ver os detalhes



Rampa: Serra do Vulcão, Nova Iguaçu - RJ

Na foto, ao fundo, da esq. para dir. temos: Itaguaí, Japeri, Tinguá, Petrópolis.

Quando a Acromerreca sair para voar, será postada uma foto panorâmica (180graus) da rampa visitada e algumas dicas sobre a mesma.
Abrindo a série, a Rampa da Serra do Vulcão, em Nova Iguaçu, RJ.
A dica importante dessa rampa é como chegar até ela. Após achar a Faculdade UNIG, dirija-se ao posto Esso a frente, onde recomenda-se que se encontre o Batista, dono da "viatura"capaz de levar o voador e seu equipamento até a rampa, percorrendo uns 40minutos de estrada de terra de difícil acesso, onde muitos carros 4x4 não aguentam o tranco.

Lat: 22° 47.075'S
Lon: 43° 30.041'W

Um Carnaval de MERRECAS

Lulu, Dennis, André e Vizoo, na rampa de São Conrado, esperando pela hora da melhor merreca


Integrantes da Acromerreca ficaram pelo Rio nesse Carnaval. Em um dia de muito sol, fizemos uma sequência de merrecas em São Conrado. Até os que não tem voado, apareceram nesse dia para tirar os pés do chão.
Umas imagens de pousos no gramado, ficaram como recordação desse feriado do Carnaval 2009.


André Camargo, que anda sumido, prometou retorno às "atividades parapentistas" em breve


Dennis no gramado

Jera na corrida


Lulu, dava para pousar mais perto da câmera??


Vizoo com o pé esquerdo